Dia de poesia.21/03/2014
Esteja eu onde eu estiver,
Onde eu estiver eu estarei.
Porque estando onde eu estiver,
Serei sempre eu que estarei.
Seja simpática ou rude,
Licenciada ou não,
Sentimental ou humana,
Senão for eu que ali estou,
Quem será então que está?
Antes ser quem eu sou,
Que ser quem queram que seja,
Muitas vezes para agradar,
Esse o que os outros pensam,
Que seja como eles são,
Mas senão for como eles pensam,
Sou como eu mesma sou.
Simpática, rica, ou humana,
Inteligente, rude, ou sentimental,
Seja eu como for…Devo ser como eu sou.
Maria José. C. S. Novo.
Já vai há trinta e sete anos, Que Portugal sorriu! Tinha então vinte e seis anos. Era jovem…mas não fui.
Não tinha porque sorrir, Muito menos que sonhar! Estava presa às correntes. Do ditador Salazar.
Depois desse dia belo! Eu disse: vai ser agora, Que vou ter o meu sorriso, Para construir o porvir!
Não me enganei… Sonhei mais do que podia. Pois o sorriso chegou Fora do tempo preciso.
Hoje reparo e vejo: Que sorrir fora do tempo, Não deu frutos consistentes, Para construir o futuro.
Não sorri no tempo certo O emprego não foi tão bom. Como se tivesse sorrido, No tempo da juventude.
Sofri muito. Até de mais! Trabalhei afincamente. Soei tanto…tanto…tanto. Que…matei a sede com ele!
Depois de tanto soar. De trabalhar duramente, Merecia ter o sorriso Que a velhice deve ter.
Estou de novo sem sorriso! Já perdi a esperança… Pois vejo os jovem de hoje, Também não terem sorriso!
Deixo aqui o meu lamento. Também deixo o meu pedido: Nunca mais! Deixem os abutres, Comer o suor de nosso rosto.
Agora volto a estar: Presa de novo às correntes… Não às correntes de outrora. Mas sim às do FMI!!!
Apesar de não estar bem. Da velhice estar inserta. Mesmo assim vivo melhor. Que os velhos do passado.
Vós que estais nos pedestais A pensar só no vosso umbigo, Lembrai-vos que, os demais. Também são filhos do mundo.
Apesar do meu lamento E, do que aqui deixo escrito Quero deixar bem claro. Viva o vinte e cinco de Abril!!!
Que me deu a liberdade! Me abriu os horizontes. Vejo Portugal mais belo. E pode escrever tudo isto! Mesmo estando em crise.
Maria José C.S. Gonçalves.
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